ACORDO ORTOGRAFICO

ACORDO ORTOGRAFICO

Menu pendente

30/08/2019

07/08/2019

786 - Santarém


Sé Catedral
 Santarém


Se Roma te fundou, foi a moirama
Quem fez de ti cidade fortaleza;
O Tejo, que te beija, deu-te fama,
Que bem te assenta ainda, de beleza.

Tomou-te Afonso Henriques, por vontade
De magras tês centenas de guerreiros,
Mas não te fez escrava. Na verdade,
Apenas te salvou de cativeiros.

Cresceste, altaneira mas bonita,
Sabendo preservar a tradição
Da gente, que povoa a região;

Por isso é que se diz que, quem te habita
Tem já particular valor humano,
Apenas, por nascer escalabitano.

Vítor Cintra

** **
NOTA - O QUE VISITAR EM SANTAREM

 

05/08/2019

785 - Serpa


Torre do Relógio

Quem me dera ser de Serpa
Ou em Serpa ter alguém
Pra cantar como os de Serpa
Que os de Serpa cantam bem

** - **

 O pastor alentejano
tem seu cão por companhia
nos campos do Alentejo 
onde passa noite e dia

onde passa noite e dia
todos os dias do ano
tem seu cão por companhia
o pastor alentejano

 À noite ouvindo a raposa
o rouxinol no silvado
de samarra e ceifões
encostado ao seu cajado

Encostado ao seu cajado
lá nos campos ao rigor
anda a guardar o seu gado
é a vida do pastor


A Poeta é: Maria Rita Ortigão Pinto Cortez
O contributo é da: Janita

 ** **
NOTA - O QUE VER EM SERPA

 A Janita, Serpense de gema, diz que há muito mais para ver, é só dar uma olhada no comentário dela     :-)

04/08/2019

784 - África 9

 Kuakié!... Makèzú...

Makèsú

"Kuakié!... Makèzú..."

O pregão da avó Ximinha
É mesmo como os seus panos
Já não tem a cor berrante
Que tinha nos outros anos.

Avó Xima está velhinha
Mas de manhã, manhãzinha,
Pede licença ao reumático
E num passo nada prático
Rasga estradinhas na areia...

Lá vai para um cajueiro
Que se levanta altaneiro
No cruzeiro dos caminhos
Das gentes que vão p´ra Baixa.

Nem criados, nem pedreiros
Nem alegres lavadeiras
Dessa nova geração
Das "venidas de alcatrão"
Ouvem o fraco pregão
Da velhinha quitandeira.

"Kuakié!... Makèzú, Makèzú..."
"Antão, véia, hoje nada?"
"Nada, mano Filisberto...
Hoje os tempo tá mudado..."

"Mas tá passá gente perto...
Como é aqui tá fazendo isso?"

"Não sabe?! Todo esse povo
Pegô num costume novo
Qui diz qué civrização:
Come só pão com chouriço
Ou toma café com pão...

E diz ainda pru cima
(Hum... mbundu Kene muxima...)
Qui o nosso bom makèzú
É pra véios como tu."

"Eles não sabe o que diz...
Pru qué Qui vivi filiz
E tem cem ano eu e tu?"

"É pruquê nossas raiz
Tem força do makèzú!..."

Viriato da Cruz

02/08/2019

783 - Vila Nova de Gaia



Serra do Plilar

As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.

Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.

Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.

Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.

Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.

As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.

Maria Alberta Menéres

Contributo da - Alice ausente
Amiga, ex blogger , mas presente


NOTA - O QUE VER EM GAIA




01/08/2019

782 - Sesimbra


Castelo de Sesimbra

“És lindo, mar, és imenso!
Eu sinto dor quando penso
Que não sabes perdoar.
Quando te zangas, amigo,
Tu pões o barquinho em perigo
E os pescadores a rezar.” 

(excerto de Amar o Mar, Manuel chochinha)
   Contributo do :  Sam Seaborn

** **