ACORDO ORTOGRAFICO

ACORDO ORTOGRAFICO

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29/04/2013

24/04/2013

315 - Toque



Gosto do toque subtil da pele 
e do agarre forte de duas mãos


314 - Padre António Vieira



O livro é...
 um mudo que fala
um surdo que reponde
um cego que guia
um morto que vive

Padre António Vieira


313 - Mortalidade



Gosto da mortalidade e da mensagem que me transmite


22/04/2013

21/04/2013

311 - Delirios



Gosto do toque suave, do desejo intenso 
e da mistura que os compõe


310 - Luis de Camões



Quero achar paz em um confuso inferno
Na noite do sol puro a claridade
E o suave verão no duro inverno

Luis de Camões


20/04/2013

309 - Em surdina


~
Gosto de palavras ditas em surdina
e das expressões do silêncio


308 - Arrepio




O arrepio é quando, por serem tão leves
os teus dedos conseguem, em cada um dos meus poros
soerguer uma flor


16/04/2013

304 - Saudade



Tempero... O tempo de espera, com a brisa iodada
Tempero... A saudade, com o sabor (a menta) do beijo deixado
E teço... O abraço da chegada
Intenso
Apertado
com textura de pele macia e molhada


15/04/2013

303 - Eugénio de Andrade



Sempre quiseste saber se a profissão do silêncio era habitável
Era, mas só na extremidade

Eugénio de Andrade


14/04/2013

302 - Paulo Leminski



Apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme.

Paulo Leminski


12/04/2013

301 - Azul



Gosto de acordar azul
com espírito de céu e olhos de nuvem


300 - Outras vozes



É tão pouco o que me faz ficar
Mas é preciso tanto para partir

Desconheço o autor


07/04/2013

295 - Mia Couto




Rasguei as cartas.
Em vão: o papel restou intacto.
Só meus dedos murcharam, decepados.
Queimei as fotos.
Em vão: as imagens restaram incólumes
e só meus olhos
se desfizeram, redondas cinzas.
Com que roupa
vestirei minha alma
agora que já não há domingos?

Mia Couto
Do poema "Sem depois"


Joca




02/04/2013

293 - Marguerite Yourcenar



Os seres imperfeitos agitam-se e acasalam-se para se completarem
mas as coisas só belas são solitárias como a dor humana

Marguerite Yourcenar